sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

A adolescência é lixada

Hoje vou falar-vos da minha obcessão de adolescência, não sei se toda a gente teve, mas eu tive e bem forte, não gozem comigo já. Nunca fui EMO, nunca gostei de preto nem de figuras extravagantes mas apaixonei-me por uma musica e pronto, o meu mundo desabou ali, estou a falar dos Tokio Hotel, não sei se alguém se lembra por isso aqui estão eles.



Tinha 15 anos quando comecei a ouvir as musicas e a procurar tudo sobre a banda, isto levou á criação de um hi5, na altura estava na moda, o TH RESPECT (vá agora podem começar a gozar), todo personalizado e cheio de slogans inventados por mim, era a rainha daquilo tudo, tinha sempre novidades sobre a banda, crónicas e iniciativas, e todos os fãs portugueses da banda me conheciam. Perdi muito tempo na internet a atualizar a minha página todos os dias, o que me fez chumbar a matemática e a aparecer uma conta de 300euros de internet. 
Com isto tudo a acontecer, a minha mãe não me deixou ir ao primeiro grande concerto no Pavilhão Atlântico, fiquei triste, mas sorte ou azar, o Bill (vocalista) apanhou uma faringite (não tenho a certeza) e o concerto foi adiado á ultima hora, coitados daqueles que passaram 1 semana a dormir á porta do pavilhão, mas eu não posso dizer que tenha ficado muito triste com tal acontecimento, aliás achei que foi o destino a adiar o concerto só para mim. No dia 1 de Junho, a banda regressou para um concerto no RiR, eu não fui porque tinha exames, mas também não me preocupei muito porque dia 29 eles voltavam para o concerto no Pavilhão Atlantico, e a esse a minha mãe já me deixou ir. Fui sozinha para Lisboa, dormi 3 dias na rua, estava com medo porque já estava lá muita gente e eu não conhecia ninguém, mas a minha página era tão conhecida que fui recebida como uma princesa e nem precisei de levar saco-cama. Fiz uma grande amizade por causa dos Tokio Hotel, com quem agora não mantenho grande contacto, mas nunca me vou esquecer dela, até me ofereceu o bilhete do concerto! Quase não se respirava dentro do pavilhão, e eu estava na plateia mesmo á frente, eram só miúdas a delirar e a empurrar, por momentos pensei mesmo que desmaiava alí, algumas desmaiaram, era uma loucura mas eu ri, gritei e chorei e no fim tudo valeu a pena.
O tempo passou e a minha obcessão pela banda também, não só porque cresci mas porque os Tokio Hotel deixaram de dar concertos e ficaram muito tempo sem lançar um álbum, a página acabou e eu tentei dedicar-me á matemática no 12ºano, mas já fui tarde.
Hoje rio-me da minha figurinha, da maneira como defendia a banda, pergunto-me como convenci a aminha mãe aos 16 anos a deixar-me ir para Lisboa e dormir á porta do Pavilhão Altantico, mas como tudo correu bem não me arrependo desta estupidez de adolescente. Pronto, agora podem gozar muito comigo!

Ana

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