sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Make love not war

Um dos assuntos que está a dar que falar é a Violência Domestica, mais do mesmo! Não sei se a culpa é da crise, da mentalidade das pessoas ou de algum demónio que possui um corpo, o facto é que a mentalidade aberta que dizem existir no século XXI não existe, não há respeito pelos outros nem pela sua liberdade.
Conseguem imaginar o que passa pela cabeça de alguém no momento em que dá um tiro ou esfaqueia a pessoa que supostamente ama? É preciso muita frieza e um estado de paranóia de outro mundo. E há tanto mediatismo á volta deste assunto que eu não entendo como há cada vez mais crimes. São casos isolados? Ou os vizinhos e amigos levam mesmo á regra a expressão popular “entre marido e mulher ninguém mete a colher”?
É verdade que todos os casais têm discussões mas há limites e tudo pode começar com coisas que na altura nem dão importância como um “vai para o caralho”, que eu acho uma falta de respeito tremenda, mas nos dias de hoje é uma coisa que vejo regularmente nos relacionamentos.
E a violência não é só física, é verbal, social, psicológica e sexual, nem é só por parte do sexo masculino, principalmente nos namoros da adolescência. Há uns meses fui dar uma formação a jovens do 10ºano sobre “Violência no namoro” e constatei que a maioria achava normal o parceiro exigir a pass das redes sociais, diziam que era uma questão de “confiança”, a meu ver se a confiança existe, não deve haver este tipo exigências. Também achavam normal o parceiro impedir certas amizades, achavam normal deixar de sair á noite só porque o parceiro não deixa, ou dizer o que deve ou não vestir, coisas simples mas que ao longo do tempo se transformam numa bola de pressão e medo do parceiro e basta uma discussão mais acesa sobre uma mensagem que recebeste de um colega para explodir tudo, acontece um estalo, um empurrão, um puxão de cabelo e o resto já sabemos.
Se tens amigos a viver neste tormento faz alguma coisa, não lhes vires as costas e tenta chama-lo a razão ou falar com alguém mais velho que possa ajudar, um dia podes ser tu. E se é o teu caso, põe já um ponto final nisso e não digas “é complicado, ele gosta de mim, só que tem momentos em que se altera”, não é desculpa para nada, eu também me altero e não ando aí ao estalo e agora há tanta gente que te pode ajudar e proteger, por isso afasta-te, acaba com ele(a) num sitio publico, conta a alguém o que vais fazer, nunca o faças sozinha. Não tens de ter vergonha de contar, deves é ter vergonha de continuar com um monstro assim, ele não vai mudar.

Tu precisas de alguém que esteja contigo por aquilo que és, que goste de ti, que te dê carinho, sem pedir nada em troca além de respeito e confiança.



Ana


1 comentário:

  1. Fico sempre pasmada com essas notícias. É preciso um nível de frieza e maldade muito elevados para fazer isso a alguém que é suposto amar-se.

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