sexta-feira, 9 de outubro de 2015

O gato

Tenho um gato e não é o meu namorado. Chama-se John, tem o nome do meu namorado, apenas coincidências, já vinha com o nome escolhido e não ia mudar a identidade de um gato com 3 anos.
Nunca gostei de felinos, sempre achei e continuo a achar que são animais muito donos do seu nariz para serem de estimação. Se querem mimo ou comida, não te largam, mas se tu queres mimo e que te aqueçam os pés quase tens de os obrigar a isso. Têm a mania que o sofá é todo deles, desenrasca-te se te queres esticar. Desde que veio cá para casa, já partiu três jarras. É gordo, com uma banhoca enorme nunca antes vista ao pendurão. Segundo o veterinário tem um problema de stress e coça-se até fazer feridas mesmo feias. Mia muito pouco, para comer ou quando põe o boneco dele na boca e vai atá à porta dos quartos para acordar alguém, na tentativa de mostrar que quer brincar, mas não quer, acorda-me e caga-me na cabeça o resto do dia. Só quer comer, vou á cozinha e ele parece uma flecha atrás de mim, abro o frigorífico e lá vai ele, se por acaso deixo o lixo aberto, já era, deve achar que está a fazer um favor ao meio ambiente. Odeio quando ele se lembra de espetar as unhas nos sofás, já estão terríveis! Há sempre uma hora do dia que parece que bebeu redbull e ninguém o pára, vai contra tudo e contra todos. Morde e arranha toda a gente, até agora ainda não sofri desse mal, respeita-me e só se deita comigo. Faz taaaaaanto cócó, mas é limpinho, depois de o tapar, limpa sempre a patinha. No outro dia dei-lhe banho, por causa da dermatite, eu sei que eles não gostam de água mas só descobri hoje que não convém molhar as orelhas ou os olhos, azar, foi todo ele para debaixo do chuveiro, não escapou nada, está vivo, é o que interessa.
Gosto muito do John, e nota-se que sou a preferida dele, até porque esteve há 10 minutos de castigo na varanda e neste momento está aqui nos meus pézinhos enquanto escrevo este post sobre o bichinho. Mas também tenho a certeza que basta passar uma semana fora para voltar e ele nem se lembrar que eu alguma vez existi, são gatos!



Ana

4 comentários:

  1. Eu por acaso gosto da personalidade dos gatos, mas discordo que sejam assim tão indiferentes aos humanos. Tenho três e são todos diferentes, um deles anda sempre atrás de mim, como um cão. Aposto que o teu ainda te vai surpreender ;)

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    1. Ele surpreende-me todos os dias, ainda agora fiquei pasmada porque conseguiu abrir uma daqelas caixinhas de patê para gato, não era de lata mas mesmo assim é um feito!

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  2. Nunca morri de amores por gatos. Não os trato mal nem deixo a minha cadela correr atrás deles, mas era bicho que não adotava. A minha filha adotou dois (um morreru de cancro) e a gata até é fixe, mas quando lá vou a casa nunca lhe faço festas porque se ela tivesse o azar de me arranhar, bem podia fugir pro resto da vida. eheheheh
    Tenho a minha cadelinha velhota (a caminho dos 16 anos) que é inteligente e doce que mete nojo. :)
    Já tenho saudades e ela ainda não morreu. Mas está muito velhota, cheia de reumático e tem um sopro cardíaco. Hoje fizemos 4 Km mas às vezes começava a ficar para trás e tinha que a levar ao colo. Só que 8,5 Kg não se levam muito tempo. :)

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    1. Eu sempre quis ter um cãozinho, detestava gatos, mas ele precisava mesmo de uma casa porque a dona não podia ficar mais com ele, não era definitivo mas acabou por ser e até agora não me arrependo (:

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